quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Mais um campeão está de volta - Loic Duval


Equipe Kygnus Sunoco, 2012

Se a temporada de 2011, contou com apenas um piloto previamente campeão da Formula Nippon, a temporada de 2012 já tem até aqui, quatro campeões confirmados. Além de João Paulo de Oliveira, campeão em 2010 e de Andre Lotterer, campeão em 2011. Temos a volta do bicampeão, Tsugio Matsuda, que deverá se juntar à Oliveira na Impul e agora com o anúncio da equipe Kygnus Sunoco, que faz parte da Team LeMans, o retorno do campeão de 2009, o francês Loic Duval.

Duval estreou na Formula Nippon na temporada de 2006, correndo pela equipe PIAA Nakajima. Logo em seu primeiro ano na categoria, conquistou duas vitórias, mostrando muito potencial, o que o credenciou a entrar na temporada de 2007 como um dos favoritos ao título. Porém, a temporada de 2007 não saiu como o esperado para Duval, dominado por seu companheiro Takashi Kogure, Duval não conseguiu nenhuma vitória naquele ano, enquanto seu companheiro venceu em três oportunidades e chegou inclusive a brigar pelo título na última etapa, numa disputa com a dupla da Mobilecast Impul, Benoit Treluyer e Tsugio Matsuda. Naquele ano o título ficaria com Matsuda.

Em 2008, Duval conseguiu recuperar o bom desempenho mostrado em seu primeiro ano na categoria, porém, numa temporada completamente dominada por um inspiradíssimo Tsugio Matsuda, só restou a Duval contentar-se com o vice-campeonato, uma posição muito comemorada, já que o piloto da PIAA Nakajima havia superado um dos pilotos da quase imbatível Lawson Impul, o francês Benoit Treluyer.


Loic Duval, campeão da Formula Nippon em 2009

Em 2009 a Nakajima perdeu parte do forte apoio da PIAA, e passou a se chamar apenas Nakajima Racing. Quando muitos pensavam que a equipe perderia desempenho, foi aí então que mostraram todo o potencial. Aproveitando-se da mudança de chassi, que fez com que todos partissem do zero, a Nakajima contou com o excelente trabalho da dupla, Duval e Kogure, para alcançar seu primeiro título na categoria desde 2002, quando o ex-piloto de F1, Ralph Firman, conquistou o campeonato pela equipe de Satoru.
Foram quatro vitórias e três poles de Duval, um desempenho irretocável do piloto francês, que três anos após estrear, já conquistava seu primeiro título na categoria.

O título e o desempenho de Duval não encantaram apenas sua equipe, atraíram também a atenção da DoCoMo Dandelion. E em 2010, Duval deixou, pela primeira vez desde que estreou na Formula Nippon, a equipe de Nakajima.

Duval conseguiu um bom desempenho, considerando as dificuldades vividas pela equipe Dandelion nos últimos anos. Com duas vitórias e uma terceira posição no campeonato, Duval mostrou uma rápida adaptação à sua nova equipe. Todos esperavam pela temporada de 2011 e o que Duval poderia fazer em seu segundo ano, mais maduro e acostumado com o trabalho da Dandelion. Porém, não teve essa chance, Duval e a Dandelion não conseguiram chegar a um acordo para a temporada seguinte, e o francês tirou um ano sabático da categoria.


Loic Duval, em sua DoCoMo Dandelion, 2010

O retorno em 2012, vem com uma equipe que vive muito mais dos seus dias vitoriosos do passado, do que dos resultados do presente. A Team LeMans, foi a equipe que deu ao grande Satoshi Motoyama, seu primeiro título na Formula Nippon. Foi pela Team LeMans também, que Ralf Schumacher, irmão do heptacampeão Michael Schumacher, conquistou seu título, na temporada inaugural da Formula Nippon em 1996. Mas desde 1998 com Motoyama, a Team LeMans não sente o gosto de um título na categoria.
Loic Duval correrá com o número 8, que foi de Hiroaki Ishiura nos últimos anos. Vale ressaltar, o nome oficial da equipe é Kygnus Sunoco, isso devido a questões contratuais de patrocínio, porém a equipe faz parte da Team LeMans. Essa “separação” começou em 2009 e persiste até hoje. A contratação de Duval, pode ser o que a equipe precisava, para se estruturar melhor e conseguir um trabalho de acerto digno do nome que a Team LeMans construiu e dos nomes que por lá passaram.

Podemos observar pelas notícias de pré-temporada, quão competitivo pode ser esse ano de 2012. Quatro campeões, Oliveira, Lotterer, Matsuda e Duval. Kazuki Nakajima, buscando bater seu companheiro e conquistar seu primeiro campeonato, jovens pilotos de muito talento. Tudo isso aumenta cada vez mais a expectativa pelo início da temporada em abril, na pista de Suzuka, onde vamos ter a ideia real do equilíbrio de forças em 2012. E em março teremos a primeira prévia disso, com as sessões de testes de pré-temporada em Suzuka e Fuji, onde finalmente poderemos ouvir novamente o maravilhoso ronco dos motores da Formula Nippon.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O retorno de uma lenda - Tsugio Matsuda


Matsuda tirando molde de seu assento
A temporada de 2012 da Formula Nippon se aproxima cada vez mais. Nos últimos dias tivemos a confirmação do retorno de um dos pilotos mais bem sucedidos da categoria: Tsugio Matsuda.

O piloto de 32 anos regressa a Formula Nippon após um ano longe da categoria. No entanto, no ano passado chegou a participar da etapa extra-temporada disputada em Fuji no mês de novembro. Na ocasião, Matsuda substituiu o piloto suíço Alexandre Imperatori na equipe KCMG.

Matsuda é um dos pilotos de maior sucesso na história da Formula Nippon. Estreou na categoria na distante temporada de 1998 pela equipe Nakajima Racing. Foi apenas uma etapa naquele ano, mas logo em sua estréia, Matsuda conquistou seu primeiro ponto. Na temporada de 1999, Matsuda ficou longe da Formula Nippon, regressando em 2000 quando conseguiu sua primeira vitória, novamente a bordo de um carro do time de Satoru Nakajima, onde permaneceu até 2002.


Matsuda em sua 5Zigen na temporada de 2005

Em 2003 Matsuda se transferiu para a tradicional Cerumo e lá ficou por duas temporadas. Sem conseguir resultados convincentes, Matsuda deixou o time no final da temporada de 2004. Matsuda já era ali um dos pilotos mais rápidos da categoria. Na temporada de 2005, Matsuda arriscou uma drástica mudança. Deixou a Cerumo e encarou o desafio de levar a 5Zigen à resultados positivos que há muito não conquistava. Foi sem dúvida a melhor decisão de Tsugio Matsuda em sua carreira. A mudança de equipe foi o renascimento do piloto japonês, que conseguiu levar ao pódio por duas vezes um dos piores carros da categoria, além de conseguir uma pole e uma volta mais rápida durante a temporada. Os resultados positivos lhe renderam a sétima colocação no campeonato, com 14 pontos. Isso chamou a atenção de Kazuyoshi Hoshino, dono da Impul, que trouxe Matsuda para sua equipe em 2006. Matsuda faria companhia ao talentoso piloto francês Benoit Treluyer na Mobilecast Impul.

Matsuda finalmente atingira seu objetivo. Estava em uma equipe de ponta, com condições reais de lutar pelo primeiro título na categoria. O desafio seria grande, uma vez que Treluyer já estava há certo tempo na equipe e conhecia todos os atalhos, além de ter um talento excepcional.
E Matsuda não decepcionou, logo em sua primeira temporada, conquistou 6 pódios, uma pole position e uma vitória espetacular na etapa de Autopolis, na primeira vez que a Formula Nippon pisava naquele circuito. A corrida foi sensacional. Matsuda precisou disputar roda a roda com Kaneishi por várias voltas até conseguir a derradeira ultrapassagem. Foi sem dúvida a corrida mais emocionante daquela temporada. A emoção de Matsuda e a alegria da equipe eram evidentes. Matsuda vencia uma corrida pela primeira vez desde 2000 e conquistava seu primeiro triunfo pela equipe de Hoshino. Porém as vitórias e o excelente desempenho não foram páreo para Treluyer que conquistou com méritos seu primeiro título. Matsuda acabou com um merecido vice-campeonato.

No ano seguinte, mais maduro e acostumado a equipe, Matsuda fez uma temporada muito consistente e se tornou o primeiro piloto na história da Formula Nippon a conquistar um título sem vencer uma corrida sequer. Matsuda conquistava definitivamente a confiança da equipe e o carinho dos fãs. O piloto que sempre fora muito agressivo e combativo, conseguia aliar agora essas qualidades a uma constância admirável.

Em 2008, Matsuda tinha a responsabilidade de defender o título. A equipe havia mudado o patrocinador principal, saiu a Mobilecast e entrou a Lawson, mas nos pilotos nada mudou. Matsuda e Treluyer entravam em seu terceiro ano como companheiros.


Matsuda em sua Impul na temporada de 2008

Foi uma covardia. Matsuda não deu espaço pra ninguém. Veloz nos treinos e nas corridas, conquistou 6 pole position e 5 vitórias em 11 etapas. Campeão com 93,5 pontos contra 62 do vice-campeão Loic Duval. Pilotos e equipes ficaram incrédulos, nunca haviam visto tamanho domínio e facilidade de um piloto em conquistar um campeonato. Matsuda guiava com maestria, suas corridas eram aulas de pilotagem. Foi a primeira vez em toda a história da Formula Nippon que um piloto conseguiu vencer dois campeonatos consecutivos. Nem mesmo Satoshi Motoyama, maior campeão da categoria com quatro títulos conseguiu tamanha proeza. Tsugio Matsuda chegava ao ápice de sua carreira.

Em 2009 tudo mudou. Um novo chassi, sistema de “push to pass” e um Matsuda completamente apático. Matsuda não foi nem sombra do que havia sido nos anos anteriores. Passou a temporada toda sem conseguir um pódio sequer, finalizando o ano com apenas 11 pontos. O péssimo desempenho e a falta de adaptação ao novo chassi acabaram causando a saída de Matsuda da Impul após tantos anos de excelentes resultados.

No ano seguinte, Matsuda inicialmente não iria participar da temporada da Formula Nippon, mas em um acerto com a Kondo que também havia deixado a categoria, regressou com a temporada em curso e completou sua centésima corrida na Formula Nippon no fim de 2010.

Agora Matsuda retorna à categoria onde conseguiu tantos resultados positivos e estabeleceu um recorde até então imbatível: o único piloto a vencer 2 campeonatos de forma consecutiva. Semana passada o piloto japonês fez o molde de seu assento. Matsuda ainda não revelou oficialmente qual será sua equipe na temporada de 2012, mas os indícios são muito grandes de que ele retorna à Impul depois de três anos, fazendo dupla com o brasileiro João Paulo de Oliveira, campeão da temporada de 2010. Com isso a Impul teria em 2012 uma dupla de campeões. Em breve teremos mais novidades, e a temporada de 2012 vai se desenhando cada vez mais interessante e disputada.



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O Império da Tom's e o Imperador Andre Lotterer


Lotterer, domínio absoluto em 2011

Numa categoria tão equilibrada como a Formula Nippon, poucas vezes podemos observar um domínio muito grande de uma equipe ou piloto, mas em 2011 tivemos um dos maiores casos de domínio de piloto e equipe em toda a história da categoria e do automobilismo mundial.

A equipe Tom’s  sempre foi uma das mais tradicionais no Japão, e já há algumas temporadas vinha conquistando ótimos resultados. Em 2010, Lotterer disputou o título com João Paulo de Oliveira, ponto a ponto, com vantagem para o brasileiro que levou o título na etapa final em Suzuka.

Em 2011, a preparação da Tom’s foi incrível. A contratação do ex-piloto de F1, Kazuki Nakajima, trouxe grande bagagem técnica para a equipe e a Tom’s pôde desfrutar de sua melhor temporada em toda a história.

Embora o domínio tenha sido quase que total nas corridas, a Tom’s conseguiu apenas duas pole-positions durante o ano, exatamente as duas poles da rodada dupla final em Motegi.
No começo do ano em Suzuka a Honda dava impressão de estar começando muito forte. A primeira fila em Suzuka era inteira dos motores Honda, porém, durante a corrida os carros da Tom’s mostraram toda sua capacidade de obter um ritmo rápido e constante. Lotterer então conseguiu a vitória, com o estreante companheiro de equipe Kazuki Nakajima terminando em terceiro e conquistando seu primeiro pódio na Formula Nippon.

Daí pra frente foi um domínio avassalador. Lotterer que disputaria as 24 Horas de Le Mans precisou se ausentar da etapa de Autopolis, sendo substituído por Takuto Iguchi. Embora este tenha falhado em levar a Tom’s aos pontos, Kazuki Nakajima, levou seu carro a vitória em Autopolis. Sua segunda corrida na categoria lhe trazia a primeira vitória e Kazuki mostrava sua capacidade de adaptação a categoria e também o excelente desempenho de seu carro.

Kazuki Nakajima, pódio em todas as etapas de 2011

Lotterer retornou na etapa seguinte, em Fuji, e venceu novamente. Kazuki Nakajima não decepcionou e conquistou mais um pódio, mais uma vez na terceira colocação. A regularidade de Nakajima começava a lhe proporcionar a possibilidade de sonhar com um título em seu ano de estréia, mas Lotterer sem dúvida tinha idéias diferentes.

O campeonato teve sete etapas, das quais Lotterer participou de seis. Os resultados do piloto alemão? Foram cinco vitórias, Suzuka, Fuji, Sugo e as duas etapas da rodada dupla de Motegi, além de um segundo lugar na primeira vez em que a Formula Nippon correu em Motegi na temporada de 2011, quando Oliveira conseguiu a única vitória que não pertenceu à equipe Tom’s.
Nunca em toda a história da Formula Nippon um piloto teve um aproveitamento tão alto. Lotterer simplesmente esmagou todos os seus concorrentes. Poderia muito bem ter vencido todas as etapas de 2011 que não teria sido injustiça. Seu desempenho e sua capacidade de concentração foram impressionantes durante todo o ano. Lotterer aliou rapidez à uma constância invejável e finalmente alcançou seu tão sonhado título.

Desde sua estreia na Formula Nippon em 2003, a pior posição final de Lotterer em um campeonato foi um quinto lugar em 2007. Nesse período conseguiu o vice-campeonato em duas oportunidades, 2004 e 2010, sendo que 2004 perdeu o título pelo número de pole positions. Além disso, terminou em terceiro no campeonato em três oportunidades, 2006, 2008 e 2009. Um piloto extremamente regular em seus resultados, e incrivelmente veloz com um carro competitivo em mãos. Team Tom’s e Lotterer, tem sido uma combinação perfeita, uma união que perdura desde 2006, quando a equipe entrou na categoria.

Para completar seu domínio, a Tom’s contou com os resultados muito constantes de seu outro piloto, Kazuki Nakajima, que subiu ao pódio em todas as sete etapas da temporada. Nem Nakajima e nem Lotterer tiveram quebras mecânicas que os fizessem abandonar alguma etapa. Seus dois pilotos subiram ao pódio em todas as corridas e só deixaram de vencer em Motegi, porque o talento de João Paulo de Oliveira conseguiu dar a Impul sua única vitória na temporada.

Lotterer vence em Motegi e é campeão da temporada 2011

Domínios assim são muito raros no automobilismo mundial. Podemos lembrar de grandes dominações como a da McLaren em 1988 na F1, com Senna e Prost vencendo 15 das 16 etapas daquele ano, ou da Ferrari em 2002, com Michael Schumacher e Rubens Barrichello. Mas na Formula Nippon, o ano de 2011 foi o primeiro com um domínio tão intenso de uma única equipe, e mais, de um único piloto, no caso Andre Lotterer.

Não esperem uma repetição desse domínio em 2012, mas podem ter certeza, Tom’s e Lotterer estarão mais uma vez na briga pelo título. E agora que Lotterer finalmente conseguiu quebrar a barreira do primeiro título, tudo ficará mais leve e o piloto virá ainda mais forte para a nova temporada, agora com todas as outras equipes e pilotos fazendo de tudo para superá-lo. O ano de caça à Tom’s e à Lotterer começa em abril e será mais uma temporada espetacular na história da Formula Nippon.

Para quem gosta de números, eis os pontos dos pilotos da Tom’s e da equipe como um todo:

Andre Lotterer: 56 pontos; 5 vitórias, 1 segundo lugar, 2 pole positions.
Kazuki Nakajima: 42 pontos; 1 vitória, 2 segundos lugares, 4 terceiros lugares.
Petronas Team Tom’s: 96 pontos (os dois pontos conquistados através de pole position, não valem para o campeonato de equipes)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Análise 2012: Pilotos e Equipes da Honda


Na última sexta-feira tivemos o anúncio oficial da Honda em relação aos seus pilotos e equipes para a temporada 2012 da Formula Nippon. Algumas confirmações esperadas e surpresas muito interessantes, vamos então analisar as equipes e pilotos anunciados na última sexta-feira.

Vamos começar pela HP Real Racing. No ano passado, a equipe da Honda apostou alto no jovem piloto japonês Takashi Kobayashi, promissor e muito talentoso. Acreditava-se que poderia fazer uma excelente temporada, porém o tiro saiu pela culatra. Kobayashi não correspondeu às expectativas da equipe e a HP Real Racing terminou a temporada de 2011 sem um ponto sequer, muito pouco para quem esperava grandes resultados de seu piloto.

Toshihiro Kaneishi em sua ARTA na temporada de 2007
Dessa vez a equipe muda seus critérios e aposta na experiência. Toshihiro Kaneishi de 33 anos é um velho conhecido da Formula Nippon, e também da Honda. Sua última participação na Formula Nippon foi na temporada de 2007, quando corria pela extinta equipe ARTA, de Aguri Suzuki, que utilizava exatamente os motores Honda.
Kaneishi é um bom piloto, não é espetacular, mas é muito consistente. Talvez seja exatamente o que faltava para a equipe se firmar na Formula Nippon. Kaneishi tem experiência de sobra, para ajudar sua equipe com os acertos do carro e com as minucias de cada circuito. Falta à equipe um segundo piloto, com Kaneishi no time, a HP Real Racing poderia apostar novamente em algum piloto jovem, que dessa vez não estaria sozinho no trabalho de desenvolver os acertos, mas sempre podemos esperar novidades. No ano passado, a equipe começou apenas com Takashi Kobayashi e no fim da temporada contava também com Hideki Mutoh.

Na Team Mugen, nada mudou, Naoki Yamamoto continua comandando o único carro da equipe. Piloto jovem e promissor, Yamamoto chegou a surpreender em 2011 marcando a pole-position logo em sua estréia na equipe e também foi constantemente rápido nos treinos de classificação, nunca largou abaixo de sétimo.
Mas nas corridas a história foi bem diferente. Yamamoto não conseguia a constância necessária para obter bons resultados. Seu melhor resultado foi um quinto lugar em Autopolis e acabou terminando a temporada com apenas 5 pontos, muito pouco para quem mostrou tanta habilidade nas voltas rápidas de classificação.

Em 2012, a equipe aposta no amadurecimento de Yamamoto. Mais acostumado ao ritmo de corrida, Yamamoto deve fazer melhor uso de suas boas classificações para obter bons resultados também nas corridas.
Naoki Yamamoto e sua Team Mugen 2011
Será um ano de afirmação para Yamamoto. O Japão tem produzido jovens muito promissores nos últimos anos, mas o alto nível da Formula Nippon vem sendo um grande obstáculo. Nos últimos anos, vimos jovens de excelentes resultados nas categorias de base, tendo dificuldade para acompanhar o ritmo dos pilotos mais experientes. Os casos mais evidentes são, sem dúvida, Kazuya Oshima e os irmãos Keisuke e Yuji Kunimoto, pilotos que foram muito bem na F3 Japonesa, com Keisuke Kunimoto vencendo em Macau. Mas ao chegar na Formula Nippon nunca conseguiram obter o mesmo sucesso.

A Nakajima Racing, repete em 2012 a mesma dupla de 2011, o veloz e experiente Takashi Kogure e o filho mais novo de Satoru Nakajima, Daisuke Nakajima.

Kogure é sem dúvida um dos melhores pilotos em atividade na Formula Nippon. Na categoria desde 2002, Kogure sempre foi muito rápido, tanto em treinos quanto nas corridas, porém seu estilo arrojado muitas vezes lhe causava problemas durante as corridas, o que com o tempo e o amadurecimento do piloto japonês acabou sendo corrigido.
Takashi Kogure e sua Nakajima Racing 2011
Kogure sem dúvida merece um título já há algum tempo, o piloto bateu na trave em 2007, quando chegou à última etapa disputando o título com a dupla da Impul, Benoit Treluyer e Tsugio Matsuda. Naquele ano, foi junto com Satoshi Motoyama, o piloto com maior número de vitórias, três.
A relação de Takashi Kogure e a Nakajima Racing vem de longa data, desde sua estreia pela equipe. Em sua chegada à Formula Nippon em 2002, Kogure só ficou uma temporada longe do time de Satoru. Foi em 2006, quando Kogure se aventurou na ARTA, de Aguri Suzuki, regressando a Nakajima Racing no ano seguinte.

Daisuke Nakajima era uma esperança japonesa quando chegou à Europa para disputar a Formula 3 Britânica, porém os resultados do piloto não chegaram nem perto do esperado, o que sem dúvida deixou o pai em maus lençóis. Satoru havia declarado que Daisuke era melhor que Kazuki, seu filho mais velho, porém os resultados na pista provaram de forma dura o contrário. Daisuke então, resolveu retornar ao Japão.
Daisuke Nakajima, filho mais novo de Satoru
Sua temporada de estreia na Formula Nippon foi um desastre, Daisuke nunca passou de uma décima colocação no grid de largada, terminando a temporada com apenas dois pontos, enquanto seu companheiro de equipe conseguiu marcar 16,5 pontos na temporada. A força do pai, sem dúvida ajudou a manter Daisuke na equipe, que se precisasse contar apenas com seus próprios resultados, dificilmente estaria no grid de 2012.

Para a temporada que vem chegando, a Nakajima espera reverter o panorama de 2011. A tradicional equipe ficou muito longe dos bons resultados do passado na temporada de 2011 e precisa mostrar sua capacidade de recuperação.
Kogure busca mais uma vez o tão sonhado título, tem experiência e velocidade de sobra, com um carro competitivo em mãos pode ser um sério postulante ao título.
Já Nakajima, precisa provar que a confiança do pai em seu talento tem fundamento. Depois de um ano muito difícil em 2011, Daisuke já adaptado aos carros da Nippon, não terá desculpas para um novo fracasso. Será um ano duro, muita pressão em cima do jovem de apenas 23 anos, mas se Daisuke quiser corresponder às expectativas de seu pai, terá que vencer todos os obstáculos. Será muito interessante observar o rendimento de Daisuke em 2012.

Assim como na Nakajima Racing, a DoCoMo Dandelion manteve tudo igual para 2012. A dupla de pilotos, Takuya Izawa e Kodai Tsukakoshi, fez com que a equipe conseguisse os melhores resultados para a Honda em 2011, com vantagem clara de Tsukakoshi, que chegou a conquistar a pole-position para a etapa de Autopolis e marcou 26,5 pontos contra apenas 11 de Izawa.
Tsukakoshi, excelente estreia pela Dandelion em 2011
Ambos estrearam já há algum tempo na Formula Nippon. Izawa chegou à categoria em 2008, pela equipe ARTA e já no ano seguinte foi contratado pela Dandelion, onde está desde então.
Tsukakoshi chegou no ano seguinte, junto com a equipe HFDP, onde ficou por duas temporadas e graças a seus bons resultados foi chamado pela Dandelion.

Se por um lado nenhum dos dois conseguiu resultados espetaculares, sempre foram dois pilotos consistentes e de bons resultados, o que credencia a Dandelion a brigar constantemente por pódios e boas colocações. Uma vitória ainda parece estar distante, mas com o amadurecimento da dupla, talvez seja possível pensar nisso na temporada de 2012.
O processo de reestruturação da DoCoMo Dandelion deu muito resultado em 2011. Depois de um ano desastroso em 2010 onde a equipe não marcou um ponto sequer, terminar a temporada de 2011 como a melhor equipe da Honda foi uma grande conquista para a Dandelion e sua dupla, e, sem dúvida isso pesou bastante no momento da renovação dos contratos. Izawa e Tsukakoshi têm talento e garra para levar a Dandelion ainda mais a frente. Com um bom trabalho de pré-temporada a Dandelion certamente será muito competitiva em 2012.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Opinião: Takuma Sato e a Formula Nippon




A Honda pegou todos de surpresa ao anunciar, que Takuma Sato irá correr na Formula Nippon em 2012 ao mesmo tempo em que disputará a Formula Indy. Passado o momento de surpresa, temos de analisar com cuidado essa iniciativa da Honda e a forma com que a participação de Sato será abordada.

É evidente que essa é uma estratégia de marketing excelente, tanto para a Honda quanto para a Formula Nippon. A montadora japonesa terá ainda mais apoio nas arquibancadas e também um aumento nos lucros com a categoria. A Formula Nippon terá uma injeção de ânimo, com Sato correndo, vai atrair os olhos da mídia internacional, novos investidores e até novas equipes. Aliar um nome forte como o de Sato ao nome da categoria mais veloz do Japão, foi um golpe de mestre. As corridas terão uma audiência maior na televisão, os circuitos estarão mais lotados e a venda de produtos da categoria com o nome de Sato, sem dúvida alavancará a venda de outros produtos da categoria, isso vai movimentar muito dinheiro na Formula Nippon.

Precisamos agora começar a entender como será a participação de Sato na categoria. É evidente que o japonês não vai participar de todas as etapas, a prioridade é clara para a Formula Indy e três etapas da Formula Nippon irão acontecer em finais de semana de corridas da Indy, a etapa de abertura em Suzuka, a terceira etapa em Autopolis e a quinta etapa em Motegi, portanto nessas etapas, não deveremos ter Sato em ação. Isso deixa Sato com a possibilidade de correr quatro das sete etapas da categoria, isso já é mais do que a metade da temporada, além da possibilidade da participação na etapa de pós-temporada em Fuji. O saldo para a Formula Nippon, mesmo com a provável ausência de Sato em três etapas é muito positivo.

Para Sato, sua participação na Formula Nippon será excelente. Em sua passagem pela F1, Sato ganhou uma legião de fãs, Sato foi apenas o segundo piloto japonês a conquistar um pódio na F1, depois de Aguri Suzuki na distante temporada de 1990. Mesmo depois de sair da F1 e migrar para a Indy, Sato continua tendo muitos fãs no Japão, que nunca tiveram muita chance de observar seu piloto em solo japonês. Agora com a iniciativa da Honda, Sato estreitará ainda mais os laços com a torcida japonesa, o que sem dúvida dará ânimo ao piloto não só na Formula Nippon, mas também na Formula Indy.
Correr com um carro da Formula Nippon será um desafio que Sato deve encarar com muito respeito. Os carros da Formula Nippon tem um desempenho em circuitos mistos melhor até do que os da Formula Indy. O desafio será grande e Sato terá que trabalhar duro para mostrar todo seu talento também em solo japonês. O apoio da Honda será massivo e Sato tem a chance de conquistar ótimos resultados. Para os pilotos da Nippon, será a chance de mostrar que podem competir, de igual pra igual, com um piloto da Formula Indy. Todos tem a ganhar, principalmente o público, que terá o prazer de assistir corridas  ainda mais emocionantes em 2012.

Com essa iniciativa da Honda e o aval que a Indy está dando à ida de Sato para o Japão, começamos a enxergar uma abertura muito interessante. É muito sintomático. No ano passado, João Paulo de Oliveira, piloto da Formula Nippon, correu a etapa de Motegi da Formula Indy pela Conquest. Agora Sato, novo contratado da Rahal Letterman, fará etapas na Formula Nippon. Pode ser apenas coincidência, mas os indícios de uma certa ligação entre a Formula Nippon e a Formula Indy estão aí, vale a lembrança de que os chassis da Formula Nippon são produzidos pela americana Swift desde 2009. Vamos aguardar os próximos passos das duas categorias, mas a participação da Honda em ambas e a iniciativa com Takuma Sato deve ser um grande negócio para a Formula Nippon.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Honda anuncia seus planos para 2012 com uma ótima surpresa


Em uma apresentação transmitida através da web, para todo o mundo, a Honda anunciou hoje em Tóquio, seus planos para 2012. Desde as categorias de motovelocidade até a Formula Indy, equipes e pilotos foram revelados, e para a Formula Nippon uma ótima surpresa foi anunciada. Mas antes de chegar a ela, vamos aos pilotos e equipes confirmados para 2012.


A tradicional equipe Nakajima Racing, continua na categoria tendo pelo segundo ano consecutivo a dupla japonesa, Daisuke Nakajima, filho mais novo de Satoru e Takashi Kogure, veterano da Formula Nippon, que busca em 2012 seu merecido primeiro título na categoria.

A HP Real Racing, que contou em 2011 com a jovem revelação Takashi Kobayashi, optou dessa vez pela experiência e trouxe de volta para a categoria Toshihiro Kaneishi, que fez sua última participação na Formula Nippon na temporada de 2007, na extinta equipe ARTA.

A Team Mugen já havia anunciado a renovação do contrato de Naoki Yamamoto algumas semanas atrás e hoje a confirmação chegou, o piloto japonês guiará o único carro da equipe na temporada de 2012.

Pra completar o esquadrão da Honda, temos a dupla da DoCoMo Dandelion, que assim como na Nakajima Racing, se mantém igual, Takuya Izawa e Kodai Tsukakoshi conseguiram os melhores resultados da Honda em 2011 na Formula Nippon e tem mais uma chance em 2012.

A numeração dos carros fica assim:

#10 Toshihiro Kaneishi - JAP - 33 anos - HP Real Racing
#16 Naoki Yamamoto - JAP - 23 anos - Team Mugen
#31 Daisuke Nakajima - JAP - 23 anos - Nakajima Racing
#32 Takashi Kogure - JAP - 31 anos - Nakajima Racing
#40 Takuya Izawa - JAP - 27 anos - DoCoMo Dandelion
#41 Kodai Tsukakoshi - JAP - 25 anos - DoCoMo Dandelion


Agora vem a grande revelação e maior surpresa dos últimos anos da Formula Nippon. Takuma Sato, que acaba de assinar com a Rahal Letterman para a disputa da temporada de 2012 da Formula Indy, vai disputar também a temporada de 2012 da Formula Nippon. Sua equipe e os detalhes sobre sua participação na Formula Nippon ainda serão revelados, mas sem dúvida nenhuma essa será uma grande conquista para a Formula Nippon, que deverá ganhar os olhos da mídia internacional muito em breve.


Esse será o primeiro contato de Sato com os Formula Nippon. Ao contrário de muitos dos japoneses que chegam à categoria, Sato não passou pela Formula Nippon e terá um desafio pela frente. Serão dois campeonatos de peso, dois monopostos rápidos, mas sem dúvida uma iniciativa excelente, tanto da parte da Honda, quanto de Takuma Sato, a visibilidade da categoria será aumentada, Sato poderá desfrutar do apoio da sua torcida e ela em troca poderá desfrutar da presença de um de seus maiores ídolos dos últimos anos no automobilismo.

A temporada de 2012 ainda não começou, mas com a força do anúncio da Honda, podemos ter certeza que a primeira etapa esta sendo aguardada com muita ansiedade pelo público japonês. Se a Toyota fornece motores para bem mais da metade do grid da Formula Nippon, a contratação de Sato é sem dúvida um excelente contra-ataque da Honda, que dependendo dos resultados que conseguir em 2012, pode ter um excelente resultado para o ano seguinte, a batalha das montadoras promete ser quente.
 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O exemplo que vem do Japão


Nos últimos anos, nos acostumamos a ver ordens de equipe e trocas de posição nas mais diversas categorias do automobilismo mundial. Muitos defendem o chamado “jogo de equipe”, muitos o criticam, e a linha entre trabalho em equipe e deslealdade esportiva é muito tênue. Até onde uma ordem de equipe pode interferir no resultado de uma corrida ou na decisão de um título? Na Formula Nippon, tivemos em 2004 um dos maiores exemplos de esportividade e honra no esporte a motor.

A temporada de 2004 era uma das mais equilibradas da história da categoria, e na etapa final em Suzuka, três pilotos tinham condições de vencer o campeonato. Andre Lotterer, alemão da PIAA Nakajima, liderava a temporada com 33 pontos, seguido de perto por Richard Lyons, norte-irlandês da DoCoMo Dandelion com 29 e ainda tínhamos na briga pelo título o japonês conhecido da F1, Yuji Ide, da equipe Mobilecast Impul, com 26 pontos.

Nos treinos, Lyons mostrou sua costumeira superioridade nas provas classificatórias, ficando com a pole-position, ao seu lado na primeira fila, o companheiro de equipe de Yuji Ide, o piloto francês Benoit Treluyer. Os outros dois candidatos ao título não foram bem, Andre Lotterer era oitavo e Yuji Ide logo atrás na nona posição. Tudo parecia se encaminhar de maneira tranquila para Lyons. Mas logo veríamos que não seria bem assim.

Lyons largou bem e manteve a ponta, mas um pitstop desastroso acabou tirando do britânico a liderança da corrida. Nessa altura, atrás de Treluyer, Lyons ainda era campeão, mas via o japonês Yuji Ide se aproximar cada vez mais, numa excelente corrida de recuperação. Enquanto isso Andre Lotterer sofria e não conseguia passar de um sétimo lugar.

Faltando três voltas, Ide finalmente superou Lyons e todos esperavam uma troca de posições entre os companheiros da Impul. O campeonato parecia ter chegado ao fim para Lyons. Mas as voltas passavam e a ordem não chegava. Última volta e Lyons, sem conseguir recuperar o segundo lugar perdido para Ide, só podia torcer para que a esportividade falasse mais alto e as ordens de equipe não chegassem. E foi exatamente o que aconteceu, numa decisão honrada, valorizando o esporte e a competitividade, Kazuyoshi Hoshino, dono da Impul e o maior nome do automobilismo japonês, negou dar qualquer ordem de equipe. Benoit Treluyer venceu a prova, com Yuji Ide chegando em segundo e Richard Lyons em terceiro. Nesse dia não só Lyons venceu, como o esporte em si conquistou uma belíssima vitória, o Japão deu ao mundo um exemplo de conduta no esporte e aquela temporada terminou como a mais equilibrada de todos os tempos na categoria.


Richard Lyons em sua DoCoMo Dandelion

Vamos agora para algumas explicações. Richard Lyons, com os 4 pontos da terceira colocação chegou aos mesmos 33 de Lotterer, com Yuji Ide chegando aos 32 graças ao segundo lugar. Lyons e Lotterer tinham ambos, duas vitórias, um segundo, um terceiro e um quarto lugares. Rigorosamente empatados. Ai chegamos ao último critério de desempate, o número de poles na temporada e nesse quesito Lyons tinha uma boa vantagem e conquistou assim seu primeiro e único título na categoria. Com sua vitória em Suzuka, Treluyer chegou a 30 pontos e o campeonato de 2004 terminou com os quatro primeiros colocados separados por apenas 3 pontos, além do empate histórico entre Lyons e Lotterer. Sem dúvida nenhuma, o final de temporada mais emocionante de toda a história da Formula Nippon.


Kazuyoshi Hoshino, dono da Impul

A atitude de Hoshino mostra não só a transparência da Formula Nippon, mas também uma forma muito mais limpa de se enxergar e lidar com o automobilismo. Hoshino nos seus dias de piloto marcou época no Japão, nenhum piloto japonês conquistou tantos títulos quanto Hoshino, que foi um dos desbravadores japoneses, que correram nas duas edições do GP do Japão de F1 nos anos 70, na pista de Fuji. A equipe Impul de Hoshino é uma das mais, senão a mais tradicional e vencedora equipe do automobilismo japonês, com inúmeras glórias na Formula Nippon e também no SuperGT. Mesmo com todo o poder de sua equipe e força de seu nome, Hoshino decidiu pelo mais certo e mais justo, e deixou que o título fosse decidido na pista, pelos pilotos e não por ordens de equipe. Um exemplo que deveria ser seguido por toda e qualquer categoria do automobilismo mundial. Parabéns Kazuyoshi Hoshino!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Top 5 - Pinturas Pt2 - FN06 (2)


Com o sucesso da primeira parte do Top 5, e com o grande número de belas pinturas da Formula Nippon, vamos mostrar hoje outras cinco obras primas da categoria japonesa, ainda no modelo FN06 da Lola, usado nas temporadas de 2006, 2007 e 2008.


5 - Arabian Oasis Impul 2007



No ano de 2007 a Impul tinha duas equipes, a Mobilecast Impul e a Arabian Oasis Impul, e essa última fez a temporada de 2007 com uma pintura simples, leve e muito agradável. O azul claro, junto do branco, encaixou de forma perfeita no carro, os números em amarelo deram um contraste muito belo também. Até o capacete de Motoyama combina muito com o carro. Não há um excesso de patrocinadores, a Arabian Oasis dá o tom nesse carro e seu logotipo encaixa de forma perfeita na pintura.

Pilotos: #19 Satoshi Motoyama (foto) e #20 Michael Krumm


4 - Petronas Team Tom’s 2008



Em 2008 a tradicional equipe Tom’s se aliou à poderosa Petronas, a maior petrolífera maláia. A mudança não só fez bem ao desempenho da equipe na pista, como também deu a Tom’s uma pintura impecável. A mistura do verde piscina, prata e branco, deu ao carro um visual leve  e limpo. Podemos perceber linhas pretas em torno do prata e o logotipo da Petronas em preto. Tudo no carro contrasta de maneira harmoniosa. As aletas laterais pretas são um pequeno mas fundamental detalhe, valorizando a pintura do bólido. Um belo exemplar da equipe Tom’s.

Pilotos: #36 Andre Lotterer (foto) e #37 Seiji Ara

3 - Cerumo/Inging 2008



Já vimos anteriormente o carro de Robert Streit, agora vamos ver a outra equipe inscrita pela Cerumo/Inging na temporada de 2008. O esquema de cores é muito parecido, mas existem diferenças fundamentais. O azul claro dá lugar ao laranja, o logotipo “Blaak” em prata cromado dá um toque de requinte a mais para a pintura, num ano muito feliz nesse quesito.

Pilotos: #47 Ronnie Quintarelli e #48 Yuji Tachikawa (foto)


2 - Reckless Cerumo 2006



Já vimos aqui a Reckless Cerumo de 2007, agora vamos dar uma olhada na sua antecessora, a Reckless Cerumo de 2006. Diferente do carro de 2007, o modelo de 2006 não tem a cor dourada e apresenta um tom de roxo muito mais próximo do azul, a cor preta, cinza e branca, se mesclam nessa pintura sem bagunçar o visual. Não importa qual o ângulo que se olhe, o carro sempre é bonito, um dos modelos mais agradáveis que já passaram pela categoria.

Pilotos: #11 Yuji Tachikawa (foto)


1 - DPR Direxiv



É exatamente o que você está pensando. É aquela equipe DPR, aquela mesmo da GP2 que tinha Michael Herck no volante. Em 2006, a DPR resolveu investir na Formula Nippon e inscreveu um carro para Shogo Mitsuyama, mas a aventura da DPR na maior categoria de monopostos do Japão só durou quatro etapas, depois da segunda prova do ano em Suzuka, a equipe resolveu se retirar, deixando Mitsuyama a pé. O melhor resultado conseguido, foi um décimo-segundo lugar na segunda etapa da temporada, a primeira das três disputadas em Suzuka naquele ano. O carro é muito bonito, azul e branco, com uma pintura vamos dizer “fashion”, que se não levava a DPR a andar entre os primeiros colocados, sempre chamava a atenção por sua beleza. Um carro muito bonito, sua pintura era pura, tinha o patrocínio principal da Direxiv e praticamente nada mais, essa combinação deixava o carro com um visual “sexy” como diriam nossos amigos ingleses. Uma pena ter durado tão pouco.

Pilotos: #27 Shogo Mitsuyama (foto)