A Formula Nippon, como já mencionamos, resolveu mudar seu
nome. A categoria que corre sob essa nomenclatura desde a temporada de 1996, fez
sua última temporada como Formula Nippon em 2012. A mudança deve-se ao desejo
dos organizadores de expandir a categoria para além dos limites do Japão, com
corridas fora do país e atraindo ainda mais pilotos estrangeiros, se tornando
cada vez mais uma alternativa de carreira aos pilotos de todo o mundo.
Seguindo os passos da maior categoria de GT do Japão, que em 2005, deixou de se chamar JGTC para se chamar SuperGT, a Formula Nippon também resolveu adotar o mesmo padrão de nomenclatura, com o “Super” aparecendo antes da designação do tipo de carro que participa do certame, com isso chegamos ao nome Super Formula. Uma escolha que agradou alguns e desagradou muitos, já que o nome Formula Nippon conquistou uma grande identidade com todos os fãs da categoria.
A Super Formula, antiga Formula Nippon, já teve outros nomes, Formula 2000 Japonesa, Formula 2 Japonesa e Formula 3000 Japonesa, nessa ordem, antes de se chegar ao antigo nome Formula Nippon. Foram 17 temporadas com esse nome, que agora entra para a história como mais um dos antigos nomes da principal categoria de monopostos do Japão.
A intenção da JRP é excelente, trazer uma maior visibilidade para a categoria, com maior internacionalização e uma expansão, teoricamente muito bem planejada. Porém esses planos tem erros sérios e que podem comprometer demais a estrutura da categoria. A começar pela péssima relação que a Formula Nippon tem com os veículos de mídia não japoneses. A dificuldade de se encontrar informações em inglês é incrível, apesar da versão em inglês do site existir, a perda de informações é enorme, informações que já não se apresentam em grande número, na versão original, em japonês. Um problema crônico que a Formula Nippon apresenta desde sempre.
Uma inovação importante, que foi introduzida pelos organizadores, é o canal oficial da categoria no Youtube, com vídeos de treinos, corridas, testes e algumas matérias, inclusive com versões em inglês. É um grande passo a frente, porém é muito pouco, perto do que uma categoria que visa uma maior internacionalização precisa. Isso recai também sobre as equipes, que apresentam sites completamente desatualizados durante o período de pré-temporada. Todas as informações a respeito de equipes e pilotos, precisam ser buscadas em sites de publicações japonesas que não tem uma versão em inglês, o que gera uma dificuldade muito grande na comunicação da categoria com o público e com a mídia mundial. Tornando a veiculação de notícias e por consequência a popularização da categoria muito lenta.
Teremos que aguardar um pouco mais, para que os rumos da categoria sejam mais claramente especificados e as estratégias para a sua popularização, melhor elaboradas. É o primeiro ano da categoria com seu novo nome e sua nova postura, que começou a ser construída ainda em 2012. Teremos uma etapa fora do Japão pela primeira vez desde 2004, que será realizada em agosto, na Coreia do Sul, no novíssimo circuito de Inje. Um novo chassi já está sendo desenvolvido pela Dallara para 2014, com novos motores turbo sendo desenvolvidos pelas montadoras, Honda e Toyota, porém, ainda é cedo para que se tire qualquer conclusão sobre as medidas que estão sendo tomadas pela organização da categoria.
Por enquanto, fica a expectativa para os primeiros testes de pré-temporada, que acontecem em março e as apresentações das equipes, que começam na madrugada dessa sexta-feira, com o anúncio oficial da Honda para 2013, onde serão anunciadas todas as equipes e pilotos da montadora.
